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Por que nem todo safari é recomendado para crianças?


terramundi - 19 de abril de 2023 - 0 comments

Alimentação, doenças, estrutura de hospedagem – todas essas são preocupações que passam pela cabeça dos pais quando pensam em fazer uma viagem de safári em família, especialmente quando há criança pequena no círculo familiar. No entanto, quem já esteve nos países africanos, vivenciou diversos safáris, conhece várias regiões e está acostumado com a logística de planejamento de um roteiro por lá afirma que esses aspectos não devem ser motivos para dor de cabeça. 

Nossos consultores especialistas em itinerários pela África atestam: os lodges africanos vendidos pela Terramundi garantem conforto, boa gastronomia e cuidados à prontidão. Há, no entanto, outros fatores que interferem na experiência e devem guiar suas decisões. Elencamos os quatro principais aspectos que devem ser levados em consideração.

  1. Os safáris exigem um comportamento discreto

Parece óbvio, mas muitas pessoas não se atentam a esse fato quando planejam uma viagem com crianças. Em todos os safáris há guias ou rangers (locais que conhecem os caminhos e como lidar com os animais) que passam as orientações sobre como se portar durante para não atiçar ou amedrontar os gnus, zebras, leões, girafas, elefantes, rinocerontes e outros bichos que podem ser encontrados nas savanas.

Muitas vezes já é difícil até mesmo para os adultos conter a emoção e controlar barulhos e movimentos bruscos ao ver algum animal, imagine para uma criança. Embora esses cuidados sejam uma máxima em qualquer trajeto que você esteja fazendo, há alguns lugares em que o ambiente é mais tranquilo de percorrer, pois há menos movimentação turística e os percursos são menores – isso, claro, sem qualquer prejuízo ao que será visto.

É importante lembrar também que todos os lodges aceitam crianças para hospedagem, mas isso não significa que elas poderão participar do safári. Nesses casos, o lodge estabelece uma idade mínima para a criança que pode percorrer a savana e, se ela ainda não estiver dentro da faixa etária permitida, um dos adultos tem que ficar com ela no lodge e também perde o dia de atividade. 

Outros lodges não oferecem nenhuma restrição de idade, mas ainda assim é preciso filtrar entre esses o que faz mais sentido com o perfil de seus filhos. 

  • Eles são tranquilos e responsáveis? 
  • Saberão ficar em silêncio na maior parte do tempo e acatar os comandos dos rangers? 
  • Aguentam grandes trajetos? 

Se a resposta é não, vale considerar aqueles safáris que mencionamos acima: que ficam em locais menos movimentados e possuem trajetos menores.

  1. Há safáris que demandam grandes deslocamentos

Poucas pessoas sabem, mas há uma diferença em fazer safári em uma reserva privada, como por exemplo os lodges em volta do Parque Nacional do Kruger, na África do Sul, e fazer um safári dentro do próprio Parque Nacional, como acontece na Tanzânia.

No primeiro caso, a família permanece na mesma hospedagem todos os dias de safári. Faz percursos próximos ao lodge e, portanto, mais curtos, com retorno ao lodge. Já nos parques nacionais, os trajetos são mais longos e você pode iniciar um dia saindo de um lodge para, na chegada da noite, estabelecer-se em outro lodge, localizado horas à frente de onde estava inicialmente hospedado. 

Isso, claro, não é ao acaso – tudo estará dentro do planejamento que fizer com seu consultor de viagem. Mas acontece porque os parques nacionais têm dimensões geográficas muito grandes e os próprios trajetos de um lugar ao outro são parte do safári, sendo por esse caminho que observa-se a vida selvagem local.  Além disso, em alguns países há mais de uma região interessante para safári: na Tanzânia, pode-se percorrer o Serengeti (entre Quênia e Tanzânia) e depois Ngorongoro.

Por este motivo é importante lembrar-se de que uma criança pode não ter a paciência nem a disposição para trajetos tão demorados. Se tiver, ótimo! É uma grande oportunidade de conhecer diversos safáris pela África. Mas se não tiver, já saiba que deve procurar outro destino.

  1. Alguns safáris exigem disposição

Na mesma lógica do tópico acima, é preciso entender que os safáris que exigem mais deslocamentos durante as atividades e também pelo país resultam em dias mais longos. 

Em safáris de reservas privadas, as excursões para ver os animais costumam sair cedo, um pouco antes do nascer do sol, e voltam no meio da manhã para que os hóspedes possam desfrutar do café. Depois de um período de descanso, parte-se para a segunda excursão do dia por volta do meio da tarde. 

Na volta ao lodge, um jantar e mais descanso. Durante todos os percursos, a atividade é uma caça aos animais para encontrar onde estão. Através de pegadas, restos de alimentos e outros vestígios, os rangers vão se comunicando por rádio e guiando para onde os viajantes devem ir – sempre acompanhados. Além dos trajetos rápidos e das paradas para descanso, há também mais certeza de encontrar os animais.

Já em outros safáris, os viajantes também saem cedo, porém passam o dia todo em trajeto – porque, mais uma vez, esse percurso é o próprio safári. As jornadas são mais longas e a observação dos animais acontece se eles coincidirem de estar no caminho (o que geralmente acontece, pois há muitos deles). Mas é preciso estar preparado para a frustração e também estar disposto a um longo dia, ainda que os veículos e serviços dos lodges sejam super confortáveis.

  1. Nem todo lodge está apto a receber crianças

E isso não quer dizer que não sejam lodges com boas estruturas, luxuosos e com serviço de alto nível. Também não tem relação com o fato do lodge aceitar crianças para fazer safári. O pensamento aqui diz respeito ao quanto os pequenos se sentirão entretidos ou entediados.

Em alguns safáris, as explorações são divididas em dois momentos do dia: logo cedo, saindo antes do sol nascer para acompanhar os felinos (animais que são mais noturnos), com regresso ao lodge para descanso no meio da manhã, e uma segunda saída apenas no meio da tarde, horas depois do almoço. O intervalo pode durar das dez horas da manhã até às quatro horas da tarde. Em um lodge no meio da savana africana, em um lugar completamente remoto, sem televisão e wifi, o que se faz nesse meio tempo? Para os adultos essa também pode ser uma questão.

É importante considerar acomodações que oferecem uma estrutura com piscina, possibilidades de atividades com crianças (e também para adultos, como um spa) e até mesmo monitores (em alguns lodges há esse serviço, especialmente em alta temporada).

 

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