Ser ofuscado por seu vizinho do norte, o Quênia, funcionou a favor da Tanzânia. O turismo por lá se desenvolveu de forma mais tranquila, mais planejada, com menos excursões em massa e mais experiências personalizadas. Suas atrações são tudo menos discretas, uma vez que demonstram a imponência da natureza bruta, mas ainda assim o país é enorme o suficiente para manter alguns cantos bem escondidos.
A história da Tanzânia
Tanzânia é a junção dos nomes de duas nações, Tanganica e Zanzibar, que possuem histórias muito diferentes mas que se uniram como um só país em 1964, após anos de domínio colonial.
Além da famosa migração de animais, o território da região de Tanganica também foi percorrido por pessoas: por milhares de anos, povos nilóticos e cushticos do norte e tribos bantu do oeste migraram pelo continente africano para se estabelecer nesta terra. Eles se juntaram mais tarde a comerciantes árabes e persas – que trouxeram sua religião e também suas mercadorias – e colonizadores europeus. A região mudou de mãos entre portugueses, omanis, alemães e britânicos, até finalmente conquistar a independência como Tanganica em 1961.
A história de Zanzibar tomou um rumo bem diferente: dominada por portugueses por quase dois séculos, tornou-se depois a capital do Império de Omã. Suas plantações de cravo e a posição central no Oceano Índico atraiu colonizadores como uma das “Ilhas das Especiarias”. A escravidão foi finalmente abolida em 1876 e então Zanzibar foi entregue aos britânicos. A independência veio quase um século depois, em 1963, quando uma sangrenta revolução matou e expulsou muitos dos árabes e indianos que ali viviam.
Quando ir?
Se você quer acompanhar a principal atração da Tanzânia, a Grande Migração, é possível fazer isso durante todo o ano – você só precisa saber em qual região do Serengeti os animais estão passando durante aquele período que você vai estar por lá. Muitas pessoas optam por conhecer a Tanzânia entre julho e setembro para ter a chance de testemunhar enormes manadas de gnus e zebras atravessando o rio Mara, por isso você verá muitos turistas no parque nesta época do ano.
A ‘estação verde’ da Tanzânia, entre novembro e março, é muito mais tranquila. Há chance de pancadas de chuva, mas é também um momento bom para observação de pássaros, uma vez que as espécies migratórias chegam aos milhares. Nesse período você também encontrar rebanhos da Grande Migração com seus filhotes recém-nascidos.
Evite apenas os meses de abril a maio,porque fortes chuvas podem atrapalhar a observação da vida selvagem.
O que conhecer?
A natureza dá show em toda a África, mas só a Tanzânia tem o privilégio de ser o lar de três das experiências mais intensas de contato com o ambiente natural que o continente pode oferecer.
Serengeti
Nesse ambiente milenar de 15 mil quilômetros quadrados de savanas vive, além do grande felino, um dos maiores e mais variados contingentes de animais do planeta. O Serengeti é tão espetacular que inspirou o cenário e os personagens de O Rei Leão, clássico de animação da Disney.
Nongorongoro
O fundo do grande caldeirão vulcânico de Ngorongoro parece uma Arca de Noé contemporânea. Mais de 25 mil animais das mais variadas espécies convivem nessa área de conservação que se tornou um verdadeiro santuário no coração da Tanzânia. Acredite, é de arrepiar!
Zanzibar
No meio do caminho tinha uma ilha. Era Zanzibar, exatamente na rota dos que faziam a travessia da África para as Índias. Visitado por fenícios e persas, portugueses e indianos, árabes e holandeses, esse recanto encantador protegido pelo azul do Índico preserva uma cultura única.
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