02 de abril de 2024, Sabi Sands – África do Sul
São 5 horas da manhã e nos preparamos para nosso último Game Drive – aqui parei para analisar tudo o que passamos nos últimos dias.
Nós já tivemos a sorte de explorar muitos lugares desse mundo, mas essa viagem certamente tem um lugar especial e ficará guardada em nossos corações.
Trabalho no mercado de turismo há algum tempo e a África do Sul sempre esteve na minha wish list – assim como vários outros destinos – então, já sabia muito bem o que esperar e minhas expectativas eram altas, mas posso afirmar que foram superadas em grande estilo.
Conhecemos pessoas com histórias inspiradoras, provamos sabores novos, vimos paisagens de perder o fôlego e sentimos uma conexão inexplicável com a grandeza da natureza.
Cape Town: a porta de entrada
Começamos nossa viagem por Cape Town, onde pudemos explorar diferentes lados da cidade. Dividimos nossa estadia entre o Bairro de Gardens, um bairro charmoso, cheios de bares, restaurantes e pequenos ateliês de artes… algo parecido com o bairro de Pinheiros, em São Paulo.
Cape Cadogan, onde nos hospedamos.
Depois de alguns dias, nos hospedamos no entorno do famoso Waterfront, uma região bastante vibrante, que emana arte e música.
The Silo Hotel, próximo ao Waterfront.
A estadia na Cidade do Cabo finalizou na praia, perto de Camps Bay, com a ideia de relaxar e respirar a brisa do mar, um dos nossos hobbies preferidos.
Para aproveitar um pouco mais de toda a beleza da cidade, decidimos fazer um voo de helicóptero que não tenho nem palavras para expressar tudo o que vimos. A cidade foi construída aos pés de um imenso platô que se estende a 1.086m de altura em relação ao nível do mar: a Table Mountain. Vê-la de cima nos emocionou.
E fomos além. Visitamos a casa de um musicista, que fez uma sessão de jazz exclusiva para nós e depois, nos sentamos à mesa com toda a sua família para ouvir suas histórias.
Exploramos também a Langa, a maior comunidade de Cape Town que foi criada durante o Apartheid, quando os ‘não brancos’ foram proibidos de morar na cidade e foram deslocados para essas comunidades. Ali conhecemos o trabalho de uma ONG que encabeça projetos de desenvolvimento das crianças locais, ensinando-as diferentes profissões e preparando-as para a vida adulta, como o ‘Colour of Wine’, que tem a função de divulgar pelo mundo, vinhos feitos por pessoas negras – provamos e amamos!
E por falar em vinhos…
Antes de seguir viagem para a região do Kruger, para fazer safári, aproveitamos alguns dias em Franschhoek, uma das cidades da região de vinhos. Foram dias de descanso, boa mesa e pudemos conhecer um pouco mais sobre os vinhos sul africanos e suas magníficas vinícolas.
A experiência do safári na África do Sul
Na região do Kruger, nos hospedamos por duas noites no Lodge Jabulani Safari, que nos proporcionou uma experiência safari difícil de ser esquecida. Tivemos a sorte de ver os Big Five já no nosso primeiro game Drive.
O hotel Jabulani Safari nasceu com a criação do primeiro orfanato para elefantes da África do Sul. Através do HERD (Hoedspruit Elephant Rehabilitation and Development), eles têm a missão de cuidar e reabilitar os elefantes órfãos, dar-lhes uma nova família e uma segunda chance de vida com outro rebanho.
Depois, partimos para o sul do Kruger, especificamente para a Reserva Sabi Sands. A hospedagem dessa vez foi no luxuoso Sabi Sabi Earth Lodge. Com um serviço impecável, villas enormes espalhadas pela savana e um safári que nos dá a certeza de que a experiência na África do Sul não fica longe de nenhum outro game drive na África.
Logo seguiremos para a parte final da nossa viagem, Johannesburg. Ansiosos com o que nos espera por lá: o bairro de Soweto e claro, o museu do Apartheid.
E depois dessa viagem inesquecível, nossa única preocupação é: como superar essa experiência na próxima? Já temos algumas ideias, mas sabemos que não será uma tarefa fácil.
Felipe e Karina
