A palavra cura. Restaura e renova a vida a cada momento que é posta em movimento. Ou, pelo menos, é isso que acreditavam os gregos no período da Grécia Antiga. Estes ideais foram passados durante os séculos e, frente às diversas interpretações pelo caminho, perpetuaram por todo o mundo.
Vista como sagrada, a palavra era um presente para os homens. Com ela, vinha a oralidade, que coloca todos em pé de igualdade. Nomear as coisas para que deixem de ser apenas “coisas” é um processo bonito.
Apesar do abismo entre significado e interpretação, a palavra é vista como uma ponte – pois leva uma pessoa ao encontro da outra. É com tamanha beleza que, durante a Grécia Antiga, a palavra era vista e apropriada.
Textos épicos: a Grécia Antiga fluída e poética
A poesia era, para os gregos, um momento de compartilhamento da palavra, um exercício coletivo. Não à toa, sua história é descrita de forma poética por meio de um gênero textual bastante conhecido em Ilíada e Odisséia: o texto épico.
As narrativas épicas escancaram os mitos gregos e todos os seus elementos – o espanto, os deuses, heróis e homens com seus temperamentos. E, assim, desenrolam ideias de uma cultura milenar.
A mitologia grega pode ser considerada fantasiosa, com criaturas irreais e místicas, mas a forma como é contada reverbera na humanidade até hoje. Desde a criação das palavras até o entendimento de seu significado.