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A Cartagena de Gabo


terramundi - 16 de março de 2023 - 0 comments

Esqueça os noticiários – a Colômbia é muito além do que se imagina. A terra de Fernando Botero brinda seus visitantes com cores, arte e muita história. Com um território sete vezes menor que o Brasil, o segundo maior produtor mundial de café e único país do continente sul americano banhado pelos oceanos Atlântico e Pacífico, a Colômbia possui variações de altitude muito grandes, proporcionando os mais diversos cenários naturais como as praias do caribe, a região montanhosa dos Andes e a selva Amazônica. Mas é em Cartagena, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade dado pela UNESCO, que a mágica acontece.

Construções seculares, mar cristalino e cores, muitas cores. Cartagena possui um ritmo lento, daqueles que te faz esquecer relógio e celular. Pode levar menos de meia hora para cruzar de um extremo a outro da antiga cidade murada a pé, mas serpenteando por suas ruas sinuosas, repletas de mansões coloniais com varandas, igrejas e carruagens, o viajante se perde no tempo. 

A arquitetura colonial revela um pouco de sua origem quando a cidade foi fundada com o objetivo de receber em seu porto, o ouro que era enviado para a Espanha. Para se protegerem de piratas, os moradores construíram uma muralha com mais de 11 km de pedra maciça. O cenário de ruas de pedra com casinhas em estilo colonial, becos iluminados, muralhas e fortificações do início do século 16, inspirou obras de um dos mais notórios escritores do mundo e antigo morador local, Gabriel García Marquez.

Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1982, Gabo é um escritor colombiano que deixou seu nome na história. Autor dos famosos títulos Cem anos de Solidão e Amor nos Tempos do Cólera, viveu em Cartagena muitos anos e fez de lá cenário para suas obras. 

Durante sua visita à cidade, não deixe de prestar atenção a lugares como a Praça Fernandez de Madrid, onde seu personagem, Florentino Ariza, esperava sua amada Fermina passar. A casa da protagonista fica logo na esquina à esquerda da praça: um casarão branco com janelas e portas em azul, cercado por trepadeiras. 

Perto da entrada da Torre do Relógio estão os datilógrafos aos quais ele ditou a carta de amor de Fermina. A Praça Bolívar, um dos espaços favoritos do autor, está longe de ser apenas um cenário de seus livros. Era lá que ele gostava de passar as tardes e onde também está a sede do Centro Gabo. Na esquina da Calle Zerrezuela, próxima aos limites do centro histórico e com facha de frente para o mar, você encontra a casa alaranjada construída pelo autor, onde viveu seus anos em Cartagena.

Embora se perceba nuances das histórias de Gabo em toda a Colômbia, é em Cartagena que se sente mais sua presença e compreende-se seu olhar. Suas palavras poderiam muito bem ter sido marinadas em aguardente, ao sol do litoral. Sua escrita é inequivocamente colombiana.

 

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