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Beks Ndlovu: transformando a história do Zimbábue


terramundi - 8 de maio de 2020 - 0 comments

Beks Ndlovu tem uma história inspiradora. Quando pequeno, acompanhava sua mãe, que trabalhava como enfermeira, por áreas remotas de seu país, Zimbábue. Este contato com regiões imersas na natureza despertou-lhe o desejo de se tornar um guia profissional, começando sua carreira aos 18 anos e, posteriormente, tornando-se gerente de algumas dessas propriedades.

No entanto, ele achava que as opções de safári oferecidas eram, às vezes, muito rígidas e estruturadas, não dando ao viajante a flexibilidade de explorar as maravilhas do país de maneiras diferentes.  Reuniu então pessoas com a mesma visão e valores e, começou a construir uma história incrível.

Seu sonho era desenvolver um camp selvagem e remoto, onde os guias realmente pudessem ser guias e onde os visitantes tivessem um encontro com a autêntica e velha África intocada. Ele se concretizou em 2006, quando, com apenas 29 anos, recebeu a concessão Somalisa no Parque Nacional de Hwange. Nascia a African Bush Camps.

 

anoitecer na savana do zimbábue

O cuidado com a sustentabilidade

Beks escolheu alguns pilares para nortear os passos da companhia, sendo que o principal é preservação. Ele acredita que quanto mais tempo você passa na natureza, mais você entende seu impacto sobre ela.

As jornadas elaboradas por ele e sua equipe permitem que os viajantes e amantes da fauna e flora tenham íntimo contato com os diferentes ecossistemas. E que, ao voltarem para casa, possam repensar sua relação com o planeta. Fora isso, ocupar estas áreas com turismo responsável é uma forma de protegê-las da destruição.

Acreditando que a preservação não pode ser efetivamente realizada sem o envolvimento e desenvolvimento da comunidade local, nasce outro pilar de seu trabalho: a educação.

 

meninos no zimbábue

 

A cada noite de hospedagem vendida em um de seus lodges, a empresa doa USD10,00 para a ABC Foundation, que trabalha para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem nas vilas próximas, através de ações focadas em capacitação e desenvolvimento de habilidades destas populações.

African Bush Camps: do Zimbábue para o continente africano

quarto do somalisa em zimbábue

 

Hoje, 14 anos depois, a companhia tem 15 lodges e camps no Zimbábue, Botsuana e Zâmbia e, ainda estão crescendo. Quando perguntado sobre seu sucesso, responde que sempre buscou o conselho de pessoas sábias e experientes que vieram antes dele. Diz que passa muito tempo ouvindo outras pessoas pelas quais nutre enorme respeito e que isso o ajudou imensamente.

Sobre o futuro, diz que pretende deixar um legado que permita às futuras gerações fazer um balanço e levar seu trabalho adiante. Entende que hoje alcançaram um equilíbrio saudável entre sustentabilidade econômica e ambiental.

Como ele diz, lugares remotos geram uma experiência que faz as pessoas voltarem ao básico, proporcionando uma sensação confortável e romântica. Com arquitetura pensada em prol da preservação, equipes acolhedoras, gastronomia cuidadosa, design sofisticado, a African Bush Camps imprime um selo que envolve inovação, empreendedorismo, responsabilidade social e ambiental. Somos fãs deste trabalho.

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