Esqueça aquela imagem da multidão andando pelas ruas. Os melhores lugares para visitar no Japão são muito mais do que isso. Este é um convite à uma viagem intrigante pelo moderno, tradicional, histórico, cultural e desconhecido.
Do imponente Monte Fuji aos seus jardins impecáveis, do clima frenético das megalópoles ao zen de cidades imperiais. Pronto para conhecer este país?
Quais são os melhores lugares para visitar no japão?
Tudo bem, pode deixar em mente a florada das cerejeiras, as graciosas árvores que marcam o início da primavera e colorem a paisagem. Hanami (contemplar as flores) é um ritual para os japoneses, capaz de fazer você respirar mais fundo e se inspirar para voltar à rotina.
Também não precisa se preocupar com a língua! Descobrir para onde ir estando lá não é um problema (e contamos como isso é possível). Difícil mesmo é escolher um destino no país que oferece de castelos e museus a montanhas de ski, de festivais milenares à arte moderna. Para facilitar, selecionamos 11 destinos no Japão que são, de fato, imperdíveis.
1. Tokyo e sua diversidade
A arquitetura high tech da capital é o começo da jornada repleta de lugares famosos que podem ser descobertos com um outro olhar.
Em Tsukiji, o maior mercado de peixe do mundo, por exemplo, deixe de lado o disputado leilão de atum e aprecie com calma as ruelas. Elas formam um emaranhado curioso da gastronomia japonesa, cheias de restaurantes especialistas em sushi (e frutos do mar) e casas de chá.
O preparo do chá, em uma cerimônia recheada de espiritualidade, merece uma pausa. Há muita delicadeza no manuseio das ervas, assim como nas dobraduras de papel da Arte do Origami, outro costume divinamente preservado.
O melhor restaurante de sushi do mundo, o Sukiyabashi Jiro, passa despercebido dentro de uma estação de metrô. Comer no único do ramo com nota máxima no “Guia Michelin” é para poucos: há apenas 10 lugares disponíveis e é preciso reservar com antecedência.
Na Terra do Sol Nascente não dá pra esquecer da Tokyo Skytree Town, com seus 634m, construída para substituir a Tokyo Tower, de 333m. Além da torre de observação, ali você pode apreciar um aquário, planetário, restaurantes e o centro comercial.
Entre os templos, Senso-Ji, o mais antigo de Tokyo, é um chamado à parte devido à sua imponência, assim como a colorida rua comercial Nakamise e os tradicionais jardins da metrópole, ainda mais belos na florada das cerejeiras. Ainda não conseguiu decidir? Então escolha um café e passe um tempo observando as pessoas e seus diferentes estilos.
2. Kyoto, a capital cultural do país
Visitar Kyoto é sentir o poder adormecido. A cidade fundada no século I sediou o Império e foi a capital do Japão até o século XIX.
Pisar ali é uma verdadeira imersão na história japonesa. A começar pelo castelo Nijo, considerado Patrimônio Mundial pela Unesco e de onde os xoguns (os generais da época) davam as ordens, ou pelo Palácio Imperial, antiga residência do Imperador.
Se quiser viver como monge por um dia, vá ao templo Koyasan, centro do budismo Shingon, onde os viajantes podem se juntar aos monges em orações, rituais e até na dieta vegetariana, uma vivência para não esquecer.
Não se surpreenda ao ver milhares de pessoas com roupas tradicionais pelas ruas. Você estará presenciando um dos três mais coloridos festivais do país: Aoi Matsuri (em maio), Gion (julho) e Jidai (outubro).
3. Monte Fuji: lindo por toda parte
Montanhas inspiram poder e o divino, são moradas dos deuses. Agora, imagine captar essa energia por diversos ângulos?
O Monte Fuji, é um dos melhores lugares para visitar no Japão. É reverenciado por mestres da pintura e fotografia, pode ser apreciado de maneiras além do esperado. Que tal sem a camada de neve? Ao contrário da imagem clássica, já que o cume perde esse “charme” no verão, mas ainda com seus 3.776 metros de altura responsáveis por seduzir viajantes o ano todo.
Além de destino para escalar, o monte é Patrimônio da Humanidade e símbolo da influência da natureza na cultura japonesa. Uma paisagem a ser explorada de todas as formas!
O pico mais alto do Japão é avistado a centenas de quilômetros, em diversas direções. Nos dias de céu claro, é possível observá-lo dos arranha-céus de Tokyo (como o Tokyo Skytree).
Para viver uma experiência mais original e tirar fotografias fora do comum, as cidades de Hakone, Kamakura, Fujikawaguchiko e Gotemba são boas alternativas! De Hakone, a visita à Quinta Estação, cerca de meio caminho do Monte Fuji, leva a uma boa estrutura com lojas, restaurantes e um templo.
Os mais aventureiros podem iniciar a escalada ao monte (um trekking bem puxado!) a partir da estação. Os que preferem observar podem subir de teleférico até o Monte Komagatake ou embarcar em um mini cruzeiro pelo Lago Ashi. De ambos, é possível ter belíssimas vistas do Fuji!
4. Takayama: você vai agradecer por não deixá-la de fora
A cidade feudal fica na província de Gifu e é o retrato do Japão antigo e tradicional. Caminhando pelas ruas de pedra, com um clima tranquilo e interiorano emoldurado pela arquitetura de madeira, a sensação é de voltar no tempo!
A tradicional aldeia de Shirakawago, em meio a montanhas, reforça essa sensação com casas em estilo gassho. O telhado de palha é chamado de gassho-zukuri, que significa “mãos juntas em oração”, por parecer duas mãos em prece. Os telhados da vila são assim para facilitar a remoção da neve, e são muito bonitos de ver.
Os templos são bem mais serenos do que os de cidades maiores, reavivando nossa paz interior com o mais puro silêncio, interrompido apenas pelo canto dos pássaros. Vale conhecer a cidade e sua fluida rotina a pé ou de bicicleta.
Inclua no passeio o bairro Kami Sannomachi, que mantém a paisagem urbana do período Edo, a idade dourada da cultura japonesa, no qual a sociedade se dividia em quatro classes (camponeses, artesãos, comerciantes e samurais).
5. Kanazawa: um dos maiores jardins, um dos mercados mais interessantes e um museu inspirador!
Kanazawa, a cidade que herda o nome de pântano de ouro, é historicamente autêntica e dona de uma riqueza gastronômica. É lá que fica o Kenrokuen Garden, um dos três maiores jardins japoneses.
Segundo uma lenda camponesa ele deu o nome à cidade depois que flocos de ouro borbulharam em seu poço. Hoje, a água do poço é purificada e usada para a cerimônia do chá. Riachos, a fonte, a Casa de Chá e a ponte feita com pedras representando gansos em formação a voar completam a beleza do lugar junto com a natureza.
Colado nele está o Castelo de Kanazawa, uma referência na cidade, que é considerada uma espécie de meca gastronômica. O Mercado Omicho — apelidado de “Cozinha de Kanazawa” — é um dos mais interessantes do país e quase não recebe pessoas de fora, o que sugere um preciosismo no passeio.
O destino também abriga interessantes museus. Um deles, o Museu Suzuki, leva o nome do filósofo budista de renome mundial nascido lá, e foi pensado não só para exposições, mas para que os visitantes abram a mente, inspirem-se e contemplem seus pensamentos.
6. Naoshima – uma ilha inteira de arte contemporânea
Pense em uma escultura de abóbora amarela gigante com o azul do mar ao fundo. A obra de Yayoi Kusama é uma das mais famosas de Naoshima, e cartão-postal da pequena ilha no mar de Seto.
Agora pense em arquitetura contemporânea (das grandes) com formas geométricas perfeitamente moldadas à paisagem litorânea e em mais obras de arte a céu aberto, como o nosso inovador e mineiro Inhotim.
Junte aí museus onde é possível se hospedar, e ter acesso 24 horas ao que exibem. Imagine também, uma instalação de arte mesclada com uma casa de banhos pública, onde visitantes se banham e interagem com o local composto por objetos reciclados vindos de todo o país. Incrível, não é mesmo?
Além de artistas japoneses consagrados, há Jean Claude Monet nessa “ilha de arte”, que se fez como tal com o objetivo de dedicar o local à arte, educação e para trazer à memória o significado de “viver bem”. Um lugar bucólico para pausar o ritmo cosmopolita de outras cidades japonesas.
7. Hiroshima de alma leve
Hiroshima é uma oportunidade de reflexão sobre a humanidade. Ao contrário do que se pode pensar, a visita não tem clima “pesado”, e sim traz à tona a leveza da paz, presente na rotina da cidade.
Ela é pacata, moderna e jovial. Uma sugestão divertida para vibrar na sintonia de Hiroshima: assista a uma partida de beisebol do time local e deguste o okonomiyaki, um tipo de panqueca frita com recheios variados.
A Cúpula da Bomba Atômica é uma passagem para quem quer chegar mais perto da história. O Museu Memorial da Paz, na Prefeitura, é outra.
Lá, você viaja pelos anos através de fotografias e uma coleção de bens de pessoas que viveram ali. Dica: experimente chegar à Hiroshima a partir de Kyoto, embarcando no trem-bala Hikari ou Nozomi (como sugere um dos roteiros TERRAMUNDI).
8. Ilha de Miyajima: a chama da paz
Que tal caminhar na companhia de animais dóceis que não se vê em qualquer lugar e ainda por cima são tidos como mensageiros da paz? Bambis (eles mesmos!) circulam livremente nesse distrito histórico, repleto de lojinhas charmosas e restaurantes.
A ilha (a apenas 30 minutos de Hiroshima) é famosa pelo enorme torii, portão emblemático japonês que parece flutuar no mar durante a maré cheia. Com certeza, este é um dos melhores lugares para visitar no japão.
Chega-se à Miyajima de barco, o que já torna o trajeto um atrativo em si. A ilha guarda um dos templos mais fotografados do Japão, o Itsukushima Shrine. Ela é conhecida como um dos três lugares mais bonitos do país e considerada sagrada pelos japoneses.
Seu nome original Itsukushima significa “onde deus reside” e templos budistas e xintoístas parecem abrigar o divino com perfeição. A vista da região a partir do Monte Misen é imperdível! Diz a lenda que Kukai passou cem dias meditando no topo dele em 806, e acendeu uma chama que continua viva até hoje — e que acendeu a chama eterna do Memorial da Paz de Hiroshima.
Com energia, é possível subir pela mata até o topo do monte para admirar a vista, outra opção é pegar o teleférico e fazer uma caminhada menor.
9. Okinawa: Japão também tem paraíso tropical!
É um Japão bem diferente do que mostram por aí. Areia branca daquelas gostosas de pisar, mar azul digno de foto em redes sociais, ótimos pontos de mergulho, palco de kite e windsurfe, quintal para passeios de caiaque e vela… Okinawa não é só praia: está mais para um desses pequenos pedaços de paraíso do que para uma faixa de areia com mar.
O arquipélago fica no sul, a pouco menos de 3 horas de voo de Tokyo, e – além de muita beleza natural – abriga o maior aquário do país. É formado por cerca de 160 ilhas. É bom não deixar de ver as Ilhas Kerama, onde baleias costumam brincar entre janeiro e abril. O lado histórico também é preservado por lá. Na capital das ilhas, Naha, fica o Castelo Shuri, Patrimônio Cultural da Humanidade. Enquanto Nanbu, antigo abrigo da marinha japonesa, se transformou em memorial.
10. Hokkaido: você quer brincar na neve?
Essa é pra você que gosta de adrenalina: das 5 melhores estações de ski e snowboard no Japão, duas estão em Hokkaido!
A região mais fria do país é repleta de atrações para aventureiros. E famílias também têm algo especial à sua espera: um tradicional festival de neve, o Festival de Neve de Sapporo, em fevereiro. Esse é o maior evento anual de Hokkaido, onde é possível se divertir com esculturas de neve, patinação no gelo, danças, música e lugares para comer.
Sapporo é o local de origem do ramen, lámen para nós brasileiros, então não deixe de experimentar a especialidade de Hokkaido: o miso ramen.
Entre as paisagens naturais na região para apreciar, a área de Hakodate figura entre as três melhores paisagens noturnas do mundo, com um parque em formato de estrela. Já voltando ao ski, duas estações são destaques.
Uma recebeu campeonatos importantes, tem terrenos variados para cada nível e excelente qualidade de neve. Outra é atraente pelo fato de que, com um único bilhete, você usufrui das quatro pistas. Ótima infraestrutura e dezenas de restaurantes e bares fazem qualquer um (do aventureiro ao mais tranquilo) se sentir “em casa”.
11. Osaka e sua incrível comida de rua
Ela é respeitada por harmonizar tradições milenares com modernidade. O bairro Dotonbori é para os que gostam do lado moderno: repleto de luzes e cores, restaurantes e casas noturnas. Vibrante!
A região é atraente para um passeio ao entardecer e tem os melhores takoyakis (bolinhos recheados com polvo). São diversas barraquinhas. A queridinha dos locais? A Acchichi Honpo, que fica embaixo de uma das pontes, em frente ao rio.
Osaka é muito conhecida pela gastronomia. E é um local para comer “fora da caixinha”, ou seja, na rua! É nela que se come melhor. Para os que curtem história, o Castelo da cidade deve ser parte do roteiro.
Famoso pelo tamanho e pelas pedras de granito das muralhas, tem um museu histórico, vista panorâmica e um belo entorno. Não é por acaso que a segunda maior cidade do Japão é também uma das mais visitadas.
Mas e a língua?
A boa notícia é que o Japão já se prepara para a chegada dos turistas que vão assistir às Olimpíadas de 2020 em Tokyo. Isso significa que a sinalização na cidade já passa por mudanças para ajudar quem não entende o japonês. Outro ponto a favor? A educação e gentileza dos japoneses, sempre dispostos a indicar o caminho ou a ajudar de alguma forma.
Tudo pode ser melhor ainda se você…
Viajar com assessoria especializada da TERRAMUNDI!
Os profissionais traduzem cada ritual, ensinam a etiqueta da cerimônia do chá, sugerem os melhores ryokans — as hospedarias tradicionais, onde se dorme em futons sobre tatames — e ajudam a escolher o roteiro ideal para sua experiência de conhecer os melhores lugares para visitar no japão.
Cada viagem é personalizada, feita sob medida!
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