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Zimbábue e África do sul: entre rinocerontes e histórias inspiradoras


terramundi - 14 de março de 2018 - 0 comments

Fotos ricas em cores, detalhes, natureza e essência humana. Voltar de destinos como Zimbábue e África do Sul com registros assim pode até não ser tão difícil, mas para retratar a alma local é preciso mais do que uma câmera profissional e o rico cenário. É necessário muita pesquisa, e tato.

 

 

Érico Hiller é um fotógrafo documentarista independente apaixonado por narrativas visuais. Ele sempre pesquisa a fundo o local para onde viaja – e o resultado não poderia ser outro: imagens inspiradoras que contam belíssimas histórias,  privilegiando a temática humanitária e ambiental. Nas palavras dele: “viagem só faz sentido quando tem história”.

 

fotógrafo Erico Hiller acariciando rinoceronte bebê

 

Dentre as diversas viagens transformadoras repletas de experiências singulares que já viveu, muitas delas para o continente africano, uma foi divisora de águas na sua vida pessoal e carreira: África do Sul com Zimbábue, em 2013.

 

 

“Foi uma viagem inesquecível, que jamais vai se perder na minha memória. Quando eu tiver 90 anos de idade eu ainda vou me lembrar dela”, diz o fotógrafo.”

 

 

Essa foi a primeira viagem do projeto fotográfico Jornada do Rinoceronte de Érico, realizado ao longo de dois anos de trabalho em diversos países da África e Ásia para registrar a crise mundial dos rinocerontes.

 

imagem de um rinoceronte enorme visto de frente com seus chifres

 

Suas fotografias trazem esses majestosos animais e o mundo que os cerca, mostrando como a ganância humana pode extinguir em uma geração uma espécie que habita o planeta há milhões de anos. Tudo devido a crença de que seus chifres e outras partes do seu corpo têm propriedades medicinais e afrodisíacas. Estima-se que a cada 8 horas um rinoceronte é morto em algum lugar do mundo, o que faz o documentarista lamentar.

 

“Penso no rinoceronte como um fóssil vivo, um laço que nos conecta a um mundo muito antigo.”

 

Na terra do Mandela, Érico foi para o Parque Kruger e se hospedou em um lodge na savana. Ele teve a honra de ver todos os Big Five, mas sua grande ambição mesmo era fotografar os rinocerontes brancos.

 

dois elefantes em foto preto e branco hipopotamo bebe deitado zimbabue e africa do sul rinoceronte branco

 

O resultado foi muito rico com fotografias que tocam a alma, não só dos gigantes livres pelas savanas, mas também de orfanatos com os filhotes, o trabalho dos veterinários para a proteção dos animais, a extração legalizada dos seus chifres e famílias de caçadores que sofrem com a ausência do líder da família.

 

 

Na província de Port Elizabeth, ao sul do país, Érico teve a chance de encontrar rinocerontes negros e já no Zimbábue acompanhou o trabalho dos guardas florestais que protegem os belos gigantes: “A experiência que eu vivi com os guardas florestais que me ajudaram nessa viagem foi algo fora do normal. Os movimentos dos pássaros, a direção do vento, as marcas no solo… Tudo era legível e fazia sentido para eles. Eles têm uma forma singular de ver o mundo. “

 

detalhe da perna de um homem perto de rinoceronte na savanarinoceronte sendo acariciado por mulher na savana africana rinoceronte sendo examinado por equipe com helicóptero ao fundo dois rinocerontes negros na mata

 

Os índices de caça de rinocerontes estão em níveis impressionantes na África do Sul, e as muitas carcaças que Érico encontrou pelo caminho o sensibilizaram pelo que vem sendo feito com esses animais pelos quais adquiriu grande carinho: “Não podemos fechar os olhos e, mais importante, não podemos deixar de pensar sobre tudo isso. O que fazemos com mundo ao nosso redor é o que legamos para nós mesmos…”. Érico confessou que para ele “o fotógrafo carrega a dor do mundo”.

 

restos de ossos de rinoceronte no chão

Conectando-se à savana de…

Zimbábue e África do Sul

 

equipe de safari noturno

 

Em duas semanas de convivência com os africanos no Zimbábue e na África do Sul, Érico estabeleceu uma conexão com os locais. “Meu foco nessa viagem não eram as atrações turísticas, e sim viver a essência local e fazer uma imersão na natureza das savanas”. Nesse sentido, o apoio da TERRAMUNDI foi essencial para o fotógrafo: “A TERRAMUNDI tornou minha viagem mais tranquila. Por contar com o apoio de uma agência especialista em África, me senti mais seguro. Com a rotina e logística louca, vocês foram fundamentais e me ajudaram em situações delicadas como remarcação de passagens e desvio de rotas”.

Érico ficou profundamente inspirado com as histórias dos ativistas antiapartheid da década de 90 na África do Sul, desde Nelson Mandela até Steve Biko e Desmond Tutu: “Esses homens foram exemplos a serem seguidos por toda a África. São grandes líderes éticos e morais, referências humanas que tiveram suas vozes ecoadas para todos os países da região. Eles inspiraram o mundo e deixaram um ideal para o continente sonhar, pelo que lutar.”

 

duas meninas africanas segurando cartaz escrito hope

 

A partir dessa primeira visita à África e várias outras seguidas pelo continente, o fotógrafo percebeu que a esperança que esses homens-exemplo trouxeram para a África do Sul se espalhou por todo o continente e chacoalhou suas bases histórias e sociais. “Esse sentimento de progresso desde a era do Apartheid não passa desapercebido nas visitas à África. Apesar de todos os episódios políticos, conflitos entre tribos, pobreza, fome e guerras, os africanos carregam muita alegria e serenidade. Percebemos que eles são gratos pela vida e há uma vontade de evoluir constante”, avalia.

Assim como o fotógrafo Érico Hiller, você também pode visitar a África com o suporte da TERRAMUNDI em um roteiro desenhado sob medida para você. Inspire-se mais sobre o continente africano.

*Fotos foram cedidas para esse material pelo fotógrafo Érico Hiller.

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