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A escolha do destino de viagem para além do óbvio


terramundi - 20 de maio de 2021 - 0 comments

O que te leva a escolher um destino de viagem? Foi com essa pergunta em mente que surgiram os questionamentos que motivaram esse artigo. Em um período antes de sabermos o que era viver uma pandemia, o setor de turismo estava aquecido e mais acessível que nunca. O mundo era visto como um catálogo e, seja de uma maneira barata ou com todo o luxo possível, viajar era um movimento palpável. 

E além da evidente vontade de conhecer novos cantos e ter aquela sensação de bem-estar ao se afastar da rotina, muitas vezes o destino era escolhido pela popularidade. O cenário mais instagramável e comentado na internet era aquele selecionado.

 

Questione-se

Convido todos a elencar, de cabeça e sem muita pesquisa, quais são os próximos lugares que você quer conhecer. E, ao encarar essa lista, se perguntar: por quê? É porque esse destino está na moda? Saiu na TV e é a hashtag mais comentada nas redes sociais? É porque seus amigos  já foram e só você ainda não conhece? Porque é um país considerado “exótico” frente ao seu referencial do que é normal e você seria o primeiro do seu grupo de colegas a esbanjar uma viagem fora da rota comum? 

Pode ser legal tirar selfies em praias badaladas, mas o que isso te acrescenta para além de alguns dias longe da rotina? Qual sua maior motivação? E o quão relacionada aos seus desejos ela está? Tomar decisões conscientes é o que nos brilha como caminho para desvendar essas perguntas.

Tempo de repensar velhos hábitos

A desaceleração do turismo na pandemia é triste e prejudica muitas pessoas. Mas paremos e pensemos sobre a forma como viajamos durante esse tempo. Cada local é, para além de um destino de viagem, também a casa rotineira de uma comunidade. Como visitantes de lugares que não são nossos, acabamos tirando de lugares exatamente o que tornam sua magia tão especial – o cantinho desconhecido, a vida tranquila dos locais, a paisagem de natureza intocada.

E se é possível enxergar beleza no cenário de vida de outro, será que já paramos para observar o nosso próprio entorno com um novo olhar? Ao sairmos do modo automático, podemos mergulhar fundo em nosso próprio oceano, revelar cantos desconhecidos em nossos próprios bairros, deixar a conexão humana demorar um pouco mais.

 

Uma proposta para a escolha do próximo destino de viagem

E se quando pensamos em viagens, contemplássemos mais o ‘porquê‘ e o ‘como‘ do que o ‘onde‘ e ‘o que‘? Como seriam, então, nossas jornadas? Escolher menos pelo burburinho em torno do nome, mais pela experiência que pode nos proporcionar – além das selfies. Se quer aconchego, qual lugar já te fez o pode te fazer sentir em casa? Se busca repensar seu estilo de vida, onde é que isso pode acontecer? 

Cada um vai encontrar a sua resposta. Leia, assista a filmes, ouça experiências de quem vive lá, estude o mapa. Sinta o interesse genuíno.

É possível ser mais modesto e, ainda assim, alcançar experiências incríveis, daquelas que vibram o coração, mudam a forma de pensar e se tornam um marco – há um eu antes da Grécia e depois da Grécia. Porque, no fundo, viajar é sobre isso: a dinamicidade de experiências que são vividas por completo.

 

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