Cape Town e safári em Madikwe

MOTIVOS PARA VIAJAR – Menos famoso, mais remoto e mais exclusivo que os safáris da região do Kruger, o da Reserva de Madikwe se diferencia por ter cores e animais próprios. Além disso, agrada quem curte viajar por terra, pois apenas quatro horas separam o local de Johannesburgo (embora seja possível ir também de avião). E por ser uma área livre da malária, a rota é frequentada por famílias com crianças.

PAISAGEM DA JANELA – Os cinco grandes animais dos safáris – leão, rinoceronte, leopardo, búfalo e elefante – são apenas alguns dos selvagens avistados do veículo 4x4 que explora as savanas de Madikwe. A Cidade do Cabo exibe os penhascos da Table Mountain e a cênica estrada Chapman’s Peak beirando o azul do oceano, que conduz a experiências como a de ver os simpáticos pinguins de Boulders Beach.

NÃO DÁ PRA PERDER – Para se adaptar ao relógio biológico da natureza selvagem e observar os animais antes que eles se protejam do sol forte, tome coragem e acorde por volta das 5h30 para o safári matinal. Se preferir, descanse depois do almoço. Mas volte para a saída ao pôr do sol, brindando com o bom vinho africano.

POR QUE IR AGORA – Ficou para trás o passado difícil das duas maiores cidades sul-africanas. Em Johannesburgo, o Museu do Apartheid conta a história do regime que separou brancos e negros de 1948 até os anos 1990. Na Cidade do Cabo, quem navega até Robben Island conhece, guiado por um ex-prisioneiro, o lugar onde Nelson Mandela permaneceu preso por 18 anos. Mas bacana mesmo é ver as duas cidades renovadas, com cenas culturais, gastronômicas e artísticas contemporâneas, como no bairro de Maboneng, em Johannesburgo, e de Woodstock, na Cidade do Cabo.

EXPERIÊNCIAS ÚNICAS – Quando o português Bartolomeu Dias, primeiro navegador a dobrar o Cabo da Boa Esperança, passou por ali, apelidou o lugar de “Cabo das Tormentas”, tamanha a proeza de avançar do Atlântico para o Índico em 1488. Que tal ouvir essas histórias ali mesmo, em um piquenique feito por um chef local? O pôr do sol na Table Mountain é imperdível (suba de teleférico ou a pé, pela trilha).

OLHAR TERRAMUNDI – Gastronomia de primeira linha, alguns dos melhores vinhos do mundo, bairros cosmopolitas e cheios de vida, bons bares de jazz e centros culturais vibrantes: depois do mergulho na natureza selvagem sul-africana, permita-se aproveitar bem os prazeres urbanos de Johannesburgo e Cidade do Cabo.