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Barossa Valley: as paisagens e sabores da uva shiraz


terramundi - 9 de setembro de 2020 - 0 comments

Enquanto o céu se torna rosa e o som cantado da língua francesa enche os ouvidos, é possível observar os poderosos Rios Ródano e Saône seguirem seu caminho tão graciosamente pelo centro da paisagem. A região do Vale do Rhône, na França, se assemelha a uma pintura em tons pastéis. O fim de tarde ao ar livre combina o estilo clássico francês com a rusticidade do cenário íngreme que preenche as margens do rio em direção ao sul do país. É ali que, além do toque na pele, o vento característico também produz sabores. 

O Sul do Rio Rhône é o berço da Syrah, uma casta de uvas de personalidade forte que produzem um vinho de sabor potente e que, hoje, ganhou espaço em hectares espalhados pelo mundo. Mas é ali, na França, que a bebida surgiu, fruto do encontro de duas forças da natureza: o ar e a água.

A passagem do Mistral, essa corrente de ventos característica da região, sopra do norte para o sul, no mesmo sentido do Rio Rhône. Em cerca de 150 dias do ano, do inverno à primavera, percorrem essas paisagens com um vento frio a uma velocidade de 100km/h, proporcionando, depois de sua passagem, céu claro e aberto e evitando também a umidade – condição especial que influencia as vinhas de syrah e encorpam o vinho ali produzido com aromas frutados. 

Novo mundo: a shiraz do Barossa Valley

 

Já em outro continente, a syrah é rebatizada: na Austrália, a uva ganha a grafia de shiraz. A mudança para o Novo Mundo não interfere na qualidade da bebida, mas se reflete nas notas que sobressaem ao olfato. Por conta do calor, a Shiraz origina vinhos com final de boca mais doces e um pouco mais alcoólicos. 

 

 

É em Barossa Valley, no estado Austrália Meridional, que as vinhas mais antigas se encontram. Os dias muito quentes, as noites frias e as longas estações de cultivo, comuns na maioria dos climas das sub-regiões de vinícolas da Austrália, são ideais para Shiraz. A região é única devido ao seu isolamento do resto do mundo – e também por combinar uma rica herança europeia com o espírito australiano realista. 

De Adelaide até o lodge The Louise, em meio ao vale, a viagem é uma extravagância de gastronomia e vinhos. Chefs premiados montam sua espetacular variedade de pratos produzidos localmente em combinações criativas, enquanto os vinicultores da região produzem gotas da bebida mundialmente famosos. Pelo caminho, vilarejos singulares que permitem conhecer um pouco da história da região.

 

 

É também ali, nas linhas íngremes e onduladas de Barossa Valley, distante das atrações mais visadas do país, que se encontra uma experiência rica e recompensadora. The Louise, uma das acomodações da Luxury Lodges of Australia, pode realmente te entregar qualquer coisa:  de um tour de mesa com antigos rótulos de Shiraz a passeios de balão sobre vinhedos, caminhadas pela mata ou um passeio descontraído por uma das muitas charmosas cidades do interior para explorar galerias de arte. Tudo é possível.

 

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