Auckland, metrópole para slow travelers

O fotógrafo Bob Wolfenson descobriu o prazer de viajar devagar entre as artes e os vinhos do maior centro urbano e econômico neozelandês

Uma cidade grande rodeada por água, de clima ameno e que respira qualidade de vida. Com um ambiente que passa longe do stress de outras metrópoles do mundo, Auckland é o melhor portal de entrada que a Nova Zelândia poderia ter. Que o diga o fotógrafo Bob Wolfenson, um viajante urbano contumaz, que aterrissou na maior cidade do país disposto a explorar sua cena artística, gastronômica e cultural. “Gosto de andar sem pressa pelas ruas observando as pessoas e as coisas feitas pela mão do homem, como as artes e a arquitetura”, costuma dizer Wolfenson. Ele é o que se convencionou chamar de slow traveler, estilo de globetrotter que aprecia fazer uma coisa de cada vez, sem pressa ou ansiedade de visitar muitos lugares em pouco tempo.

 

O movimento da Queen Street

Fotógrafo dos mais respeitados do Brasil, Bob escolheu a metrópole de cerca de 1,5 milhão de habitantes para dar continuidade ao seu projeto Nósoutros. Desde 2012 ele fotografa pedestres que esperam para atravessar ruas e avenidas em cruzamentos movimentados do mundo todo. O principal ponto onde Bob Wolfenson se instalou, com tripé e câmera de médio formato, foi o encontro da Queen com a Victoria Street. Enquanto a Rua Queen, que liga o Centro de Auckland aos píers da beira-mar, é reconhecida como principal rua de comércio, a Rua Victoria vive movimentada por ligar a Sky Tower, emblemática torre do skyline local, com o verde Albert Park, ao lado da Universidade de Auckland.

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Imersão na diversidade artística

Fica diante do Albert Park a Auckland Art Gallery, principal parada para amantes da arte neozelandesa na cidade. Ali a guia Alexia Smaill apresentou a Bob Wolfenson o acervo permanente e a mostra Os Retratos Maoris, do pintor Gottfried Lindauer. Retratadas no final do século 19, personalidades da etnia considerada a primeira a povoar o país – algumas com tatuagens impressionantes nas faces – mostram a riqueza cultural dessa nação que mistura raízes polinésias e inglesas. Ao caminhar pelas ruas, Bob Wolfenson já tinha observado o cosmopolitismo local, com imigrantes de várias partes do mundo.

 

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Bairros revitalizados em alta

O movimento slow travel defende que as jornadas sejam mais relaxadas e tranquilas, em contraposição ao turismo pinga-pinga, em que o viajante mal tem tempo de entrar no clima do lugar. Menos preocupado em conhecer cartões-postais e mais interessado em experienciar a Auckland dos moradores, Bob Wolfenson fez questão de perambular por cafés, antiquários e boutiques de Ponsonby, vizinhança mais criativa da atualidade. Em Britomart, o recém-revitalizado bairro à beira do píer foi o destino favorito para restaurantes autorais como o Ortolana, que produz seus alimentos frescos em fazenda própria, e o Amano, com um ambiente rústico tão agradável quanto seu menu de inspiração italiana. E a uma quadra dali, todo o chamado Waterfront mostrou, ao longo do calçadão diante da marina, a geografia privilegiada do Golfo de Hauraki – e as atrações que vieram com a reurbanização, como as lojas e restaurantes dos chamados Wynyard Quarter e Viaduct Harbour. Entre as paradas possíveis brilha o Museu Marítimo da Nova Zelândia, que conta sobre a paixão local pelo universo náutico.

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De hidroavião e barco para as vinícolas

Nenhuma visita imersiva a Auckland seria completa sem um passeio vagaroso à ilha de Waiheke, famosa por abrigar 34 vinícolas. Também detentora de belas praias e povoados charmosos, Waiheke pode ser acessada em uma viagem de 40 minutos por balsa desde o porto turístico de Auckland. Esse foi o jeito que Bob voltou da ilha, com direito a fotografar o skyline da metrópole ao longe. Na ida, o acesso havia sido repleto de adrenalina: de hidroavião. Em um legítimo De Havilland DC-2 Beaver 1961, raridade da aviação mundial,  Bob Wolfenson sobrevoou algumas das 54 ilhas da região. A aterrisagem aconteceu em pleno mar, à beira da praia na ponta Leste de Waiheke, embelezada pela videiras da vinícola Man o’War. Um degustação de vinhos ali, de frente para o mar, outra ilha adentro – esta harmonizada com a gastronomia local na cênica vinícola Mudbrick. Foi o desfecho ideal para os dias de Bob Wolfenson em Auckland,  em um roteiro para bons vivants apreciadores dos bons – e lentos – prazeres da vida.

 

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O relato detalhado e as imagens das jornadas dos quatro viajantes podem ser conferidos em outros posts neste blog do Projeto Terramundi Creators. Outras narrativas inspiradoras pessoais estão no Instagram de BelaHeloBobRony e da Terramundi, assim como nas reportagens produzidas pela mídia. Os quatro roteiros criativos produzidos a partir da experiência deles já estão disponíveis. São experiências de uma Nova Zelândia única feita sob medida pela Terramundi.

 

Texto | Daniel Nunes Gonçalves

Imagens | Victor Affaro

Produção | The Upper Air

Parceria | Turismo da Nova Zelândia e Air New Zealand

 

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