Maboneng, a nova Joburg

Seus pulsantes quarteirões repletos de lojas, restaurantes e galerias de arte foram renovados nos últimos cinco anos e se tornaram o melhor retrato da renovação da metrópole.

 

 

Primeira descoberta da viagem: se você tiver apenas dois dias na maior cidade da África do Sul e quiser conhecer a Johannesburgo contemporânea, planeje sua estada para um fim de semana – e invista seu tempo em alguns dos renovados bairros da região central, como Maboneng.

Intimidante por suas impressionantes highways (que parecem as norte-americanas), seu mar de concreto (que faz lembrar São Paulo) e a população de 4,4 milhões de habitantes (a maior da África do Sul),  Johannesburg não se mostra atraente à primeira vista. A maioria dos viajantes costuma usá-la como base rápida antes de explorar os fascinantes safáris sul-africanos ou de seguir viagem para a bela Cidade do Cabo.  Mas basta ir além dos interessantes tours convencionais – a casa de Nelson Mandela, o Museu do Aparthaid, a Constitution Hill – para descortinar uma fascinante Joburg – ou Jozi, como chamam os nativos.

Foi o que fizeram os convidados do Projeto TERRAMUNDI Creators, que tinham a missão de ir além do lugar-comum e criar sugestões de rotas criativas a partir de suas experiências e de interações com simpáticos moradores da cidade. Já no sábado, a convite da blogueira de viagem sul-africana Meruschka Govender, parte do grupo foi a WaxOn, uma sunset party à beira da piscina, com DJs de boa música africana contemporânea – e bem ao lado do Museu de Design Africano, em Maboneng.

 

Os mais cansados do voo desde o Brasil (que dura menos de 9 horas com a South African Airways, uma das parceiras do projeto) preferiram aproveitar o fim da tarde em modernos hotéis-butique da cidade, como Atholplace e Fairlawns. À noite, depois do espetacular jantar no restaurante Qunu Grill, ao som de boa música ao vivo, a proposta foi seguir com alguns dos novos amigos sul-africanos para a noite de Braamfontein, antiga área industrial sucateada que foi renovada e tem um quarteirão repleto de bares e casas noturnas.

Mas foi na manhã seguinte que Maboneng mostrou seu momento mais vanguardista e cheio de vida, o mercado Arts On Main. É aos domingos que vários quiosques de comidas deliciosas – de carne argentina à café etíope – se misturam às bacanas lojas de design e galerias de arte locais. O grupo circulou ainda por cafés cheios de personalidade, ruas grafitadas e lojas bem originais. E foi guiado por um nativo de trajetória impressionante: com apenas 22 anos, Bekhi Dube é dono de um albergue descolado, o Curiocity Backpackers, um dos empreendimentos que melhor traduzem a proposta de Maboneng.

 

 

Antes formado por galpões de madeira abandonados e ruas ermas, o bairro passou a respirar criatividade quando o jovem empresário Jonathan Libmann transformou um desses espaços abandonados em um reduto de artistas e lojistas antenados. A ideia deu tão certo que Maboneng não para de crescer e de pulsar. E se tornou um bom motivo para convencer os viajantes de que Johannesburgo é muito mais que uma rápida escala de apenas dois dias no país.

 


Texto Daniel Nunes & Fotografia Victor Affaro

 

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