A região dos vinhos, na África do Sul é refúgio para comer e beber em alto estilo.
São três as razões das quais, viajantes do mundo todo se apaixonam – e na maioria das vezes voltam mais vezes – pela África do Sul:
1. Por oferecer os safáris mais inspiradores do continente (onde o fantástico Parque Nacional Kruger, com a exuberância da vida selvagem e com lodges de cair o queixo, é só o início do deslumbre);
2. Pela doce urbanidade da Cidade do Cabo (que desperta vontade de passar ali o resto da existência, com qualidade de vida, natureza e bons vinhos);
3. E também, por propiciar uma viagem de carro pela supercênica Rota Jardim (estrada que beira o litoral sul e pede uma foto a cada curva).
Mas é preciso estar bem orientado para ir além e se encantar também com os segredos contemporâneos na Cidade do Cabo e Joanesburgo e, aproveitar as atrações espetaculares que retratam a diversidade excepcional da terra de Mandela e fazem todo mundo querer voltar.
Em uma viagem de turismo na África do Sul, não deixe de visitar as vinícolas sul-africanas. Localizadas em regiões pitorescas, como as famosas Winelands em torno de Stellenbosch, Franschhoek e Paarl.
Como é a visita em uma vinícola?
Os visitantes têm a oportunidade de aprender sobre a cultura do vinho sul-africano enquanto desfrutam de um ambiente acolhedor e descontraído. Normalmente, as visitas incluem degustações, onde você pode experimentar uma variedade de rótulos diferentes e algumas oferecem hospedagem e experiências gastronômicas, como almoços harmonizados com vinhos locais, proporcionando uma combinação deliciosa de sabores.
Confira a curadoria que os consultores da Terramundi fizeram das dez vinícolas mais incríveis da África do Sul:
Babylonstoren, a vinícola dos sonhos
E se você pudesse realmente visitar o Jardim do Éden? E se fosse cercado por vinhedos, edifícios agrícolas históricos do Cabo Holandês e um jardim em estilo francês, onde você pudesse colher seus próprios morangos e ervas aromáticas?

Babylonstoren
Em Babylonstoren, no Vale Drakenstein, 53 quilômetros a nordeste da Cidade do Cabo, o jardim mítico ganha vida. Fundado em 1690, o complexo de 590 acres segue o modelo das fazendas que abasteciam os navios que contornavam o Cabo da Boa Esperança a caminho da Índia. Os chalés e suítes são minimalistas e elegantes. Você não encontrará aqui um grande lobby ou um concierge pomposo, mas a equipe, a maioria vestindo camisetas, aventais ou calças cáqui, combina uma vontade genuína de ajudar com um alto nível de conhecimento sobre a fazenda e sua longa história.
Spier Wine Farm
Spier é uma fazenda biodinâmica que utiliza apenas produtos orgânicos sazonais, seja cultivando-os no local ou adquirindo-os de fornecedores locais.

Spier Hotel and Wine Farm
Com uma variedade de vinhos acessíveis até vinhos para ocasiões especiais, a Spier oferece degustações que podem ser adaptadas ao orçamento e gosto de qualquer pessoa. Fique atento à linha Spier 21 Gables (nomeada em homenagem às 21 empenas do Cabo Holandês cuidadosamente restauradas da fazenda) e aos vinhos Spier Creative Block.
Considere a degustação de chocolate e vinho que combina cardamomo branco e chocolate de maracujá com Creative Block 2, uma mistura de Sauvignon blanc e Semillon.
De Meye Wine Estate, a vinícola boutique
Indicamos a visita nessa vinícola para quem quer voltar no tempo, fugir da cidade e experimentar a vida rural à moda antiga.
Os vinhos são produzidos em pequena escala e de forma sustentável. O The Table, restaurante da propriedade, é especializado em cozinha sazonal baseada em produtos locais e oferece um menu com preço fixo de três pratos servido em travessas antigas, sob as árvores ou dentro de um edifício histórico. Certifique-se de reservar com antecedência.
Rust en Vrede, a seleção de vinhos de Mandela
Conhecido por seu restaurante premiado, Rust en Vrede é um destino épico para gourmets que amam refeições requintadas.

Rust en Vrede Tasting Room
A moderna vinícola, que possui uma sala de degustação de dois andares, é decorada com couro clássico e madeira. Um terraço sob carvalhos antigos tem vista para gramados verdejantes cercados por roseiras. A vinícola, que abrange técnicas tradicionais e de ponta, é conhecida por sua variedade de tintos, desde cabernets encorpados até suaves Merlot, Shiraz e blends tintos. Fato bônus: Nelson Mandela serviu seleções de Rust en Vrede em seu jantar do Prêmio Nobel da Paz.
Delaire Graff, uma verdadeira coleção de arte
Delaire Graff Estate é uma vinícola de design com vistas panorâmicas das montanhas e do vale.

Delaire Graff
No inverno, os sofás de couro ao redor da lareira são os melhores assentos; no verão, pegue uma mesa ao ar livre sob as árvores. De qualquer forma, você se sentirá como se tivesse chegado a um elegante bar de hotel, com uma coleção de arte invejável – um ambiente adequado para saborear os vinhos sutilmente matizados e específicos do terroir de Delaire.
Springfontein Wine Estate, fora da rota comum
Walker Bay tornou-se famosa na última década como a região vinícola de “clima frio” na África do Sul, onde se produzem excelentes pinot noir.

Springfontein Wine Estate
Se você for um pouco mais longe, passando pelo famoso Vale Hemel en Aarde, chegará a Stanford. Passe por Stanford, continue por uma pequena estrada de terra e chegue a Springfontein Wines: a gente garante que os kilómetros extras serão compensados pelos incríveis rótulos dessa vinícola.
Gabriëlskloof Wines, um sonho realizado
Gabriëlskloof é a realização de um sonho para o sul-africano Bernhard Heyns, que procurou durante vários anos, um pedaço de terra único que, nas suas palavras, o “enraizaria no local”. Em 2001 ele encontrou o que era então uma fazenda de canola chamada ‘Avontuur’ e a ficha caiu. Rapidamente se tornou evidente que o local tinha potencial para produzir vinhos de alta qualidade.
A vinícola preza a riqueza e diversidade do terroir, com foco no respeito pela biodiversidade da região. Por ali, todo o trabalho é feito à mão e a sustentabilidade tem precedência em todas as decisões tomadas na vinha, como se reflete no estatuto de Campeão da Biodiversidade e do Vinho.
Stark-Condé Wines, elegância no sabor
José Condé, o enólogo da vinícola situada no Vale Jonkershoek, na parte leste de Stellenbosch tem a certeza de que as chuvas de inverno mais altas do que em qualquer outro lugar em Stellenbosch seja a razão da elegância e da fina estrutura de seus vinhos. O carro-chefe é o Three Pines Syrah, um vinho de vinhedo único em solo granítico, com boa textura e paladar e bastante concentração. “Procuro potência e elegância”, afirma José.

Stark-Condé Wines
Outro vinho interessante é o Stark-Condé Petite Sirah, uma uva mais comum na Califórnia. É um vinho escuro e tânico. “Esta uva tem dez vezes mais taninos que a cabernet sauvignon!”. Seu Stark-Condé Petit Verdot é picante, frutado e deliciosamente suculento. “Há 15 anos, quase não havia petit verdot na África do Sul. “Funciona bem aqui e dá uma boa acidez natural.”
Vale a pena visitar o restaurante Postcard Café e degustar o menu com uma vista que parece um cartão postal.
Reyneke Wines, biodinâmica e métodos tradicionais, juntos
Johan Reyneke é o enólogo dinâmico desta propriedade familiar, famosa tanto pelos seus vinhos como pela sua viticultura orgânica e biodinâmica. “Em 2000, passamos da cultura convencional para a biodinâmica”, diz Johan.
Seu Reyneke Sauvignon Blanc 2017 em solo de granito, envelhecido em barricas velhas por 6 meses, é um vinho excelente no estilo de um Sancerre, com elegância mais discreta do que aromas evidentes. Reyneke Chenin Blanc 2017 tem uma longa fermentação com leveduras selvagens e também 6 meses em carvalho conferindo-lhe um carácter encorpado com algumas notas de mel. O blend Reyneke Shiraz-Cabernet Sauvignon com uvas de Swartland é macio e fácil de beber.
Um terço das uvas é esmagado a pé e alguns engaços são adicionados à fermentação. “Gosto de usar a velha e a nova escola”, diz Johan.
Glenwood Vineyards
Glenwood é um lugar incrível escondido em um vale chamado Robertsvlei, que, segundo o enólogo DP Burger, é único. “Estamos um pouco mais frios e chove mais do que o resto de Franschhoek.” O que é obviamente bom neste tipo de clima.
“Meu objetivo é fazer vinhos baseados no terroir. 99% do vinho vem de lá, da vinha. Aqui na adega posso fazer 1%, só isso.”
Glenwood possui nove tipos de solo diferentes e todas as variedades de uvas são plantadas de acordo com o tipo de solo. “Fizemos análises minuciosas antes do plantio”, diz DP.
Você pode ficar e comer em Glenwood. Eles elaboram menus de harmonização de vinhos e você pode saborear especialidades como o picante bobotie malaio. Opte pelo jardim para poder apreciar a envolvente soberba.
Roteiros sob medida na Região dos Vinhos da África do Sul
Com mais de 200 vinícolas, as pequenas cidades da região já não são um segredo de sommeliers. As fazendas que produzem os melhores vinhos do país abriram suas portas para degustações, pernoites e as mais finas e deliciosas experiências gastronômicas do país.
Converse com quem já foi. Planeje sua viagem com a Terramundi.