É em um dos cantos mais remotos do Pacífico, na Isla Floreana, que vive uma das histórias mais ternas — e improváveis — do arquipélago de Galápagos, no Equador.
Por ali, o correio não tem agência, nem CEP, nem selo.
Tem um barril de madeira.
No século XVIII, baleeiros que cruzavam o oceano por meses, movidos por saudade e teimosia, criaram uma solução brilhante: deixavam cartas nesse barril, na esperança de que algum navio solidário as levasse ao destino. Um acordo silencioso, feito de confiança em alto-mar.
Três séculos se passaram.
O barril continua lá.
E o pacto também.
Hoje, quem chega à ilha se torna carteiro por acaso: escolhe correspondências destinadas a lugares próximos de casa e parte com a missão improvável de entregar bilhetes anônimos, desenhos, promessas e saudade alheia.
Uma ilha com histórias que dariam um romance
Floreana foi lar do primeiro morador das Galápagos, o irlandês Patrick Watkins, que viveu isolado ali entre 1807 e 1809, sobrevivendo à base de engenhosidade, delírio e coragem bruta.
Foi também a primeira ilha oficialmente colonizada por equatorianos, em 1832, abrigando por um breve período uma colônia penal, um plano que ruiu com a falta de água doce.
Vieram ainda colonos noruegueses, um médico alemão adepto da medicina holística (que removeu todos os próprios dentes para evitar emergências odontológicas no fim do mundo) e a memorável Margret Wittmer, que ali ergueu casa, cultivou a terra e, em 1933, deu à luz ao primeiro ser humano nascido em Galápagos.
Sem falar na lendária baronesa austríaca Eloise von Wagner de Bosquet, cujo desaparecimento misterioso nos anos 1930 ainda ecoa como o maior enigma humano do arquipélago.
Floreana hoje: remota, resiliente, inesquecível

A ilha segue pequena e singular.
A maioria dos moradores vive da agricultura, e a água vem de um lago natural, generoso na estação chuvosa. O acesso é raro, mas é possível, porque quem tem boas conexões, como nós, da TERRAMUNDI, encontra o caminho mais interessante e revela o que torna cada lugar único, o que não segue o que já está pronto, que preza o natural e que se conecta com a vida local.
📬 Pode ser que a sua próxima viagem termine com você tocando a campainha de um desconhecido para dizer:
“Oi, eu trouxe um postal de Galápagos pra você.”
E se isso não for a melhor definição de viajar que existe, nós, da TERRAMUNDI, ainda não descobrimos qual é.
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