Lima em 10 dicas

Temos bons motivos para atestar que a capital peruana é bem mais que uma rápida escala na rota a Machu Picchu.

Os viajantes do Projeto TerraMundi Creators tiveram vários dias para explorar a cena urbana e vibrante de Lima, mas ainda assim foi pouco. A seguir, a lista com 10 sugestões que a turma preparou para quem quiser aproveitar melhor a cena cultural, a paisagem e a boa mesa limenhas.

 

Tuc Tuc na beira-mar em Chorrillos, bairro do restaurante Sonia (foto Daniel Nunes)

Tuc Tuc na beira-mar em Chorrillos, bairro do restaurante Sonia (foto Daniel Nunes)

 

1) Dê uma voltinha em um tuc tuc!
Comuns na Ásia, os tuc tucs – ou motocars – também existem aos montes no Peru: são 300 mil. Ainda que 90% dessa frota esteja no interior do país, na capital também é divertido fazer um passeio rápido e sentir a emoção de andar nessa moto com carenagem.

 

O pescador Freddy Guardia diante do seu barco, que fica em frente ao seu restaurante, o Sonia

O pescador Freddy Guardia diante do seu barco, que fica em frente ao seu restaurante, o Sonia (foto Daniel Nunes)

 

2) Coma bem e barato no Sonia, em Chorrillos.
Fora do circuito badalado, o Sonia é um restaurante no bairro de Chorrillos, ao lado de Barranco, onde o pescador Freddy Guardia serve frutos do mar frescos a preços justos. Tem seu barco na frente da casa, redes de pesca na decoração interna e um piano sendo tocado ao vivo. O nome da casa homenageia sua esposa, já aposentada. Hoje sua filha, também chamada Sonia, é quem cozinha.


3) Lembre-se do trânsito ao escolher o hotel.

Não deixe o trânsito insuportável de Lima estragar sua viagem. Evite circular na hora do rush e procure fazer as coisas no seu bairro. Em San Isidro está o icônico restaurante Astrid & Gastón. Miraflores, onde está o Central, e Barranco são pra quem prefere ficar vendo o mar – uma vez ali, opte pelos passeios na região. E quando for para o Centro Histórico, já dê uma esticada ao incrível Museu Larco.

 

Chef Virgílio Martinez finaliza um dos pratos do menu degustação do Restaurante Central

Chef Virgílio Martinez finaliza um dos pratos do menu degustação do Restaurante Central

 

4) Reserve antes o Central. Mas sem vinhos.
O restaurante mais badalado da atualidade na América, o Central, lota com meses de antecedência. Reserve antes, prepare o bolso mas vá com fé. Evite os vinhos se quiser aguentar todas as etapas do menu degustação até o final da experiência. Dica perfeita da chef Bel Coelho.

5) Táxis não têm taxímetros. Prefira o Uber.
Para não ficar na dúvida se está sendo lesado ao pegar um táxi, já que eles não têm taxímetro em Lima, opte por serviços como o Uber. É o jeito de você saber, desde o início, quanto custará a corrida. Só não se esqueça que vai precisar do serviço de 3G no celular para poder chamá-lo – ou de um chip de celular local. E que você vai ter de usar o cartão de crédito.

 

O espetáculo do trabalho do chef Javier Wong diante dos clientes do Chez Wong

O espetáculo do trabalho do chef Javier Wong diante dos clientes do Chez Wong

 

6) Sente-se à mesa no Chez Wong às 13h em ponto.
Assim como o Sonia, o restaurante de Javier Wong tem um preço acessível aos mortais comuns e vale bem a pena. Mas tem aquelas regrinhas: abre só para almoço e exige reserva. Chegue a 1 da tarde em ponto, pois todos os comensais são servidos praticamente ao mesmo tempo. E delicie-se.

 

 

Pôr do sol em Miraflores: programa cênico todo fim de tarde

Pôr do sol em Miraflores: programa cênico todo fim de tarde

 

7) Cidade Alta tem ciclovia, shopping e pôr-do-sol
Alguns dos programas mais cênicos de Lima estão no alto da falésia diante do Pacífico: pedalar na ciclovia, por exemplo; ou tomar um bom café no Shopping Larcomar, em Miraflores; parar para ver os surfistas pegando onda e os aventureiros voando em paraglyders; e jogar-se em gramados como os de Barranco para ver o sol se por no mar.

8) Sábado tem feira orgânica e música no parque.
Pra começar bem o fim de semana: bata pernas na Bioferia de Miraflores, petisque cada delícia oferecida na feira orgânica e depois renda-se aos jardins do Parque Reducto para, com sorte, ouvir boa música regional ao vivo.

 

Bioferia, a feira orgânica diante do Parque Reducto, em Miraflores

Bioferia, a feira orgânica diante do Parque Reducto, em Miraflores

 

9) Restaurante Osso é ótimo. Mas longe e caro.
De tão cosmopolita, o açougue-restaurante de Renzo Garibaldi poderia estar em Portland ou em Shoreditch. E por isso virou um hype para carnívoros nesse país de amantes do ceviche. Mas tenha em mente que o lugar é caro e fica bem longe.

 

Renzo Garibaldi, o chef-açougueiro que reina na terra do ceviche

Renzo Garibaldi, o chef-açougueiro que reina na terra do ceviche

 

10) A pé, Barranco é o melhor acesso à praia.
O Oceano está esparramado diante do abismo, mas como descer pra molhar os pés na água? Dica infalível: siga pra Barranco e vá descendo as longas escadarias, cheias de grafites, bares, parques e restaurantes, até cair no avenidão à beira-mar. Cruze a passarela de pedestres e encante-se com o som do mar nas pedras.

 

Escadaria do bairro de Barranco que liga o alto da falésia ao nível do mar

Escadaria do bairro de Barranco que liga o alto da falésia ao nível do mar

 

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Texto Daniel Nunes

Fotos Victor Affaro 

 

 

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