Temos bons motivos para atestar que a capital peruana é bem mais que uma rápida escala na rota a Machu Picchu.
Os viajantes do Projeto TerraMundi Creators tiveram vários dias para explorar a cena urbana e vibrante de Lima, mas ainda assim foi pouco. A seguir, a lista com 10 sugestões que a turma preparou para quem quiser aproveitar melhor a cena cultural, a paisagem e a boa mesa limenhas.
1) Dê uma voltinha em um tuc tuc!
Comuns na Ásia, os tuc tucs – ou motocars – também existem aos montes no Peru: são 300 mil. Ainda que 90% dessa frota esteja no interior do país, na capital também é divertido fazer um passeio rápido e sentir a emoção de andar nessa moto com carenagem.
2) Coma bem e barato no Sonia, em Chorrillos.
Fora do circuito badalado, o Sonia é um restaurante no bairro de Chorrillos, ao lado de Barranco, onde o pescador Freddy Guardia serve frutos do mar frescos a preços justos. Tem seu barco na frente da casa, redes de pesca na decoração interna e um piano sendo tocado ao vivo. O nome da casa homenageia sua esposa, já aposentada. Hoje sua filha, também chamada Sonia, é quem cozinha.
3) Lembre-se do trânsito ao escolher o hotel.
Não deixe o trânsito insuportável de Lima estragar sua viagem. Evite circular na hora do rush e procure fazer as coisas no seu bairro. Em San Isidro está o icônico restaurante Astrid & Gastón. Miraflores, onde está o Central, e Barranco são pra quem prefere ficar vendo o mar – uma vez ali, opte pelos passeios na região. E quando for para o Centro Histórico, já dê uma esticada ao incrível Museu Larco.
4) Reserve antes o Central. Mas sem vinhos.
O restaurante mais badalado da atualidade na América, o Central, lota com meses de antecedência. Reserve antes, prepare o bolso mas vá com fé. Evite os vinhos se quiser aguentar todas as etapas do menu degustação até o final da experiência. Dica perfeita da chef Bel Coelho.
5) Táxis não têm taxímetros. Prefira o Uber.
Para não ficar na dúvida se está sendo lesado ao pegar um táxi, já que eles não têm taxímetro em Lima, opte por serviços como o Uber. É o jeito de você saber, desde o início, quanto custará a corrida. Só não se esqueça que vai precisar do serviço de 3G no celular para poder chamá-lo – ou de um chip de celular local. E que você vai ter de usar o cartão de crédito.
6) Sente-se à mesa no Chez Wong às 13h em ponto.
Assim como o Sonia, o restaurante de Javier Wong tem um preço acessível aos mortais comuns e vale bem a pena. Mas tem aquelas regrinhas: abre só para almoço e exige reserva. Chegue a 1 da tarde em ponto, pois todos os comensais são servidos praticamente ao mesmo tempo. E delicie-se.
7) Cidade Alta tem ciclovia, shopping e pôr-do-sol
Alguns dos programas mais cênicos de Lima estão no alto da falésia diante do Pacífico: pedalar na ciclovia, por exemplo; ou tomar um bom café no Shopping Larcomar, em Miraflores; parar para ver os surfistas pegando onda e os aventureiros voando em paraglyders; e jogar-se em gramados como os de Barranco para ver o sol se por no mar.
8) Sábado tem feira orgânica e música no parque.
Pra começar bem o fim de semana: bata pernas na Bioferia de Miraflores, petisque cada delícia oferecida na feira orgânica e depois renda-se aos jardins do Parque Reducto para, com sorte, ouvir boa música regional ao vivo.
9) Restaurante Osso é ótimo. Mas longe e caro.
De tão cosmopolita, o açougue-restaurante de Renzo Garibaldi poderia estar em Portland ou em Shoreditch. E por isso virou um hype para carnívoros nesse país de amantes do ceviche. Mas tenha em mente que o lugar é caro e fica bem longe.
10) A pé, Barranco é o melhor acesso à praia.
O Oceano está esparramado diante do abismo, mas como descer pra molhar os pés na água? Dica infalível: siga pra Barranco e vá descendo as longas escadarias, cheias de grafites, bares, parques e restaurantes, até cair no avenidão à beira-mar. Cruze a passarela de pedestres e encante-se com o som do mar nas pedras.
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Texto Daniel Nunes
Fotos Victor Affaro